segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Soneto do Amanhecer (Luis Adriano Correia)


Já é dia
os passaros cantam
nos galhos das árvores do meu quintal.

E dentro de mim um desejo enorme de poetizar
bem dentro de mim um desejo enorme de fazer da poesia vida
ou seria o contrário?

Enquanto cantam pardais
já nem sei mais o que penso
o que sinto é fato
o que faço é abstrato.

E desse jeito corre essa poesia chamada vida
como um soneto virtual
que chega de noite e amanhece comigo
despertando o desejo mais eloquente de querer estar contigo.

escrito às 5 e 20 da manhã do dia 27 de dezembro de 2010,numa conversa de msn,com gente que nem conheço, mas que torna-se parte de mim todo dia um pedacinho mais.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Das Flores Que Não Tenho (Luis Adriano Correia)

Tenho pensamentos que pulsam
Sinto perfume de flores
Sinto harmonia nas cores
E sou de má sorte em amores.

Não tenho auto controle
Só tenho flores e flores
E sinto cheiro de conquistas
Que me parecem amores.

Coração pulsante, inquieto
Se perde nas próprias pulsadas
Descompassa, não age direito
Por ele mesmo se desmantela
E desaba em choro, sem jeito.

Tenho mil flores nas mãos
Jardins, mil cores me enfeitam
A flor que de fato interessa
Não se faz abundante aqui
Mas digo, se não fosse assim
De fato se resolvesse com a morte
E se não fosse do jeito que conto
Não seria nem eu, nem minha sorte.

Sirinhaém, 22 de dezembro de 2010.
Poesia escrita contlemplando o amanhecer depois de uma ligação telefônica, sentindo cheiro de uma rosa vermelha, mas pensando em outra flor.
















quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Do Barro às Gentes (Luis Adriano Correia)


Tenho alma das gentes
tenho sentimentos falantes e brincantes
sinto-me bem com os que livres são
e não se intimidam diante dos sonhos e da arte
e que a arte seja nossa aliada
e que ela tranforme a nossa vida.
viva a vida e a arte
viva à arte da vida
viva a vida vivida com arte
poesia e arte que vibre nas veias
e me faça ser gente
me faça
só me faça
e fazendo-me, modele-me
um lindo ser moldado nas mãos de zé
e posto no forno por maria.
e viva a grande olaria.


Escrito na madrugada de verão de 15 de dezembro de 2010, numa conversa sobre sonhos e arte da vida no msn.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Parabéns a Driko (Inácio Lopes)

Vejam mesmo o que esse povo apronta comigo! Sabem que AMO POESIA meu querido amigo Inácio resolveu me parabenizar pelos 23 anos de existência com esta poesia direto do msn (messenger), um verdadeiro presente. Muito obrigado Inácio... te quiero muchooooo...


vou enviar por estrofe
Já que é data especial
Pois ta chegando o seu natal,
Vou deixar meus parabéns
Que ele possa ir além,
De um simples congratular
Que toque o Céu a terra e o mar,

E que se um abraço não for bastante
Considere que mesmo distante
Há coisas emocionantes,
Que podemos recordar e viver
E se assim não acontecer
Ficam minhas orações a você,

Que seja muito feliz e realizado
E que seus sonhos sejam sintonizados
Aos sonhos de que Deus sonhou pra você
Parabéns e felicidades nessa data especial
Sei que de seu bolo não vou comer,
Mais divido meus desejos de felicidades a você.




E direto do Chile mais algumas palavras... (Padre Rodrigo Aguilar)
al ser las 12.00 de la noche, quisiera poder escribir lo que siento, quizá no sea una poesía, pero es lo que siento. Tengo un amigo a la distancia a quien quisiera saludar al cumplir un año más de vida, quiero desearle lo mejor del mundo, es decir, felicidad y dicha por siempre. espero que sea un dia especial y que Dios te siga acompañando. Agradecido soy de Dios por la amistad que por esta via hemos creado. un beso (quizá es poco) un abrazo (bien fuerte) y todos los parabienes para ti. gracias por conocerte y compartir la vida en una misma estación que es nuestra fe. Te quiero mucho y espero que nuestra amistad siga siendo de lo mejor. Driko o Luis Adriano y fuerte abrazo y que tengas un bonito día de cumpleaños.

cumpleaños feliz... feliz feliz... que los cumplas feliz.. feliz, feliz. Cumpleaños meu amigo Driko, que los cumplas feliz....

Respuesta de driko: Muito obrigado Padre Rodrigo por partilhar comigo uma amizade sem fronteiras nacionais.... por partilhar uma linda experiência de fé.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Feliz Aniversário Poesia Jovem!!!!




Este mês de dezembro o Poesia Jovem comemora dois anos de sua existência, agradeço a todos os amigos que partilharam comigo a emoção de fazer da poesia nossa inpiração diária para continuar caminhando pela vida, fazendo nossa história mais bonita.

A missão do Poesia jovem nada mais é que tranformar gritos em versos que possam chegar mais longe por sua boniteza, trazendo mais força aos coraçãos de quem luta, e acalentando os corações inquietos com doses de amor, amizade, simplicidade e pureza.

Feliz Aniversário ao meu Companheiro Blog!!!




sábado, 4 de dezembro de 2010

Profeta do Povo (Luis Adriano Correia)


Queria saber por que o sol
não se põe dentro de mim
por que ele não se vai
não me permite esquecê-lo
sempre queima, só me queima
e me inflama, me convida
me chama, me motiva
a ser sempre e sempre vida.
E pelas estradas sofridas eu vou
Mas sofrendo não vou
Aprendi ser feliz
Porque desde a raiz
É da luta que eu sou.
Comecei a tirar do melaço da cana
Gritos, clamores, Gana
Não podia ser diferente
Fui consagrado à Cana.
Comecei a tirar dos ternos e gravatas
Meus chinelos de couro e minhas “alpercatas”
Conhecimento de mundo, o valor de educar-se
Pra que bem informado, minha fala levasse
Uma boa política e meu povo falasse.
e da cansada espera do meu povo
Consagrado à política eu fui.
Comecei a tirar de rostos lindos e encantados
A força da transformação
Dinâmica inocente, comunhão
De todo tipo de gente
Em favor da libertação
No canto, na dança e poesia
A dramatização de suas vidas
Pondo em minhas mãos os sonhos
De vidas que se anunciam
E Prenunciam a mudança
De suas condições de vida
Mas não se esquecem do início
Das folhas que em sacrifício
Caem das suas ramagens.
E como encantado e encantante
Consagrei-me ao jovens das margens.
Comecei a tirar de uma Igreja que é povo
Meu lugar de fala e a minha missão
Construir novo reino, anunciação
Do cristão oprimido, profeta
Do meu povo escondido, uma seta
Apontando bem longe, lá longe
Um caminho com cheiro chão.
Foi aí que escolhi desde então
E consagrado eu sou padre ou poeta
Do evangelho da libertação.

Parnamirim/RN, 30 de novembro de 2010. Em ocasião do aniversário dos 25 anos de vida sacerdotal do Pe. Antônio Murilo de Paiva.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Estrelas (Luis Adriano Correia)


Tem dias que o céu amanhece tão claro
Que não percebemos a presença das estrelas
Mas sentimos que elas estão lá
Porque estrelas não são simplesmente estrelas
São fragmentos de sonhos que ficaram espalhados
Misturados a poeira cósmica das estradas de barro da nossa vida.


Poesia escrita ao despertar do dia 01 de novembro de 2010, iniciando uma conversa no messenger.

domingo, 31 de outubro de 2010

Poesia à flor da pele de um sonhador (Luis Adriano Correia)


Ando tão à flor da pele
Que a poesia que escrevo não é mais de amor
É política que lateja nas veias
Nas veias de um sonhador.

Ando tão á flor da pele
Que o sonho que eu tinha agora é real
E os sonhos de luta de um povo pequeno
Se faz grande presença num país imenso.

Ando tão à flor da pele
Que mesmo não gritando, que é minha vontade
Meu grito ressoa, e na rede se espalha
Em verso e poesia pro povo que espera
Que espera de mim tão imensa alegria.

Ando tão à flor da pele
Que as milhões de balas em mim atiradas
Miraram nos sonhos
Miraram nas lutas
Miraram nas faces marcadas
Mas acertaram meu corpo
Apenas meu corpo
Que mesmo ferido por pólvora quente
Que em mais que uma metáfora
Queimaram minha mente
Durante alguns meses que antecederam minha glória.

Ando tão à flor da pele
Que beijos de novela, tão neoliberais
Não me fazem mais chorar
Mas um tiro certeiro no capitalismo
Ou ferida aberta no socialismo
Fazem gotas de sonhos escorrerem
Na face da bandeira que pintada em meu rosto
Espera um dia ser hasteada nos mastros escondidos
Enterrados nas mentes e corações juvenis
Que castrados não conseguem
Sequer dar um passo
Que dirá dessem dois
Pois todos já sabemos sempre quem vem “antes”
Impedindo meu grito e minha luta
Tentando assassinar meu “depois”.

IMPORTANTE: Escrito depois de vivenciar um dia intenso de expectativa e a aflita apuração dos votos do 2º turno de 2010, para então eleger a primeira presidente mulher do Brasil, e compartilhando momentos preciosos da vida com companheiros de todo o Brasil e América Latina, nas redes sociais da internet...

Ibiratinga, 31 de Outubro de 2010 ás 20h00min

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Olhos abertos, tenho! Pernambucano Sou!


Sou aquele pernambucano arretado
que sobe as ladeiras da sé
sou aquele menino danado
que descalço corre
sem nada no pé.

Sou o rei que tem passo apressado
no maracatu das paixões
sou então, folião arretado
integrante de todas nações.

sou o som que ressoa vibrante
que no pátio do terço se espalha
sou dos mil afoxés encantantes
e do público que se malha.

Sou dos becos do Recife Antigo
Da galera que anda a pé
Lá pela rua da Moeda
Sou mais um que sabe o que quer.

Sou quem sabe o que tem por trás
das pontes no meio da cidade
sou das gentes do meio do mangue
sou o vento, não tenho idade.
Na cidade do passo apressado
Do frevo e das coisas belas
uma valsa triste ressoa
e de pessoa em pessoa
parece que a vida não passa
a dignidade não passa
oportunidade não passa
e o bloco da vida animado
nada mais é que desgraça.

Escrito na madrugada de 21 de Outubro de 2010. Após uma provocação de quem sou eu pelo msn...

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Passa, passa-tempo (Luis Adriano Correia)


Passa tempo
Dia, hora
e num segundo
vai-se embora.

Passa-tempo
Tabuada
Já não aguento
Não sei de nada.

Passa tempo
Na poeira
E vou jogando
Capoeira.

Passa tempo
Estudando
Conhecendo o mundo
E também contando.

Passa o tempo
A favor
O menino aprendeu
e com amor.

Passa o tempo
O menino é homem
E já tá com saudade
Do tempo que passa
e fazendo pirraça
Pareceu que foi ontem.

Escrito na primavera de 2010. 7 de outrubro.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Mística da Chegada (Luis Adriano Correia)

Dedico esta poesia a Arleth, uma militante "danada de boa" da Pastoral da Juventude no estado do Pará. Muitos me inspiraram em seu advento mas com certeza ela me inspirou em grande parte, e quero nela contemplar outros companheiros militantes das Pastorais de Juventude do Brasil.

E vem chegando meu povo
De todas as partes e jeitos
Chegam beirando a lagoa
Chegam sem preconceitos.
Chegam querendo ser gente
Chegam sem mistificar
Chegam dizendo o que sentem
Com um brilho perfeito no olhar.
Chegam com os pés de poeira
Poeira vermelha do chão
Da terra que dá o sustento
De toda a população.
Chegam com passo apressado
E o relógio marcando o horário
Chegam pensando a vida
E a vida passando ao contrário.
Chegam de dentro das matas
Chegam dos centros urbanos
Chegam das artes e ruas
Do ser latinoamericano.
Do amor de quem ama seu povo
Do amor de quem ama sementes
Da vida tirada o sopro
O sopro de vida é das gentes.
Que rendo que a vida negada
Se torne em vida mais vivida
Transforme o clamor inocente
Em mais que possíveis saídas.
Não quero meu povo iludido
Sem rumo e com falsas conversas
sofrendo opressões diversas
Comendo calado e "FUDIDO".

Escrito na noite quente de primavera do dia 05 de outubro de 2010.

Complexos do ser amante (Luis Adriano Correia)


Penumbra cintilante

Talvez seja claro do dia

Quem sabe?

Quem repudia?

O que se tem ou terá!


O dorso entrelaçado

A pele pouco coberta

O amor de quem não se encanta

Por que sei que não se entrega.


O olhar no espaço perdido

O beijo não esquecido

O ensejo, o mau-entendido

O sentimento nunca sentido.


O que me parece ser

De mais fácil compreensão

É a chave, é o segredo

De quem quer ser iludido

E sobra-lhe a ilusão

Como parte do pagamento

Do que se quer ser ou não.


Madrugada do dia 03 de outubro de 2010.

Soneto da Perstistência (Luis Adriano Correia)


O que dizer quando quero gritar?
O que fazer quando se quer estar?
O que não temer quando se quer matar?

Eu te digo
Eu te explico
Eu indago.

No âmago de um ser amante
Não existe coisa mais profunda
Não existe o que se oriunda
De dentro de um corpo gritante.


Não se quer nada a não ser estar
Não se quer nada a não ser querer
Não se quer nada a não ser poder
Bem perto e mais perto de ti estar.



Dedicado aos amores que necessitam de altas doses de persistência.


Escrito na madrugada do dia 03 de outubro de 2010 às 1:40h

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Corrido (Antonio Aguilaer)

Esta música conta a história de Gabino Barreras e se repete na vida de Jacinto Salgado trujillo, uma história interessante, marcada por fortes emoções de um homem que gostava de viver sua vida intensamente e ter a companhia de muitas mulheres. Na foto abaixo está Jacinto Salgado Trujillo.



Gabino Barrera no entendía razones
andando en la borrachera
cargaba pistola con seis cargadores
le daba gusto a cualquiera.


Usaba el bigote en cuadro abultado
su paño al cuello enredado
calzones de mata, chamarra de cuero
traía colteado el sombrero.

Sus pies campesinos usaban huaraches
y a veces a raiz andaba
pero le gustaba pagar los mariachis
la plata no le importaba.

Con una botella de caña en la mano
gritaba ¡Viva Zapata!
porque era ranchero el indio suriano
era hijo de buena mata.

Era alto, bien dado, muy ancho de espadas
su rostro mal encachado
su negra mirada un aire le daba
al buitre de la montañas.


Gabino Barrera dejaba mujeres
con hijos por donde quiera
por eso en los pueblos donde se paseaba
se la tenían sentenciada.


Recuero la noche que lo asesinaron
venía de ver a su amada
dieciocho descargas de Máuser sonaron
sin darle tiempo de nada.


Gabino Barrera murió como mueren
los hombres que son bragados
por una morena perdió como pierden
los gallos en los tapados.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Álbum de Fotografias (Luis Adriano Correia)


Ah! se nessa vida o que se vivesse
Não fosse meramente um momento
Que calculado em milésimos de segundos
Nos fizesse colecionar fragmentos de memória
Como um álbum de fotografias.
Que percebendo o tempo passar
Sente a perda de suas cores
E o desgaste do seu papel.
E assim sentindo a perda de suas lembranças
O homem. Diferente da fotografia.
Resolve contrariar a força natural
Que empurra ao encontro do esquecimento
E escreve...
Conta...
Partilha...
E assim se mantêm vivo,
Na sua vida
Na vida do outro.

29 de julho de 2010, escrito em algum lugar do espaço aéreo entre Guarulhos/SP e Goiânia/GO.

Meu povo tá cansado (Luis Adriano Correia)


Não maltrate o meu povo
Não gosto de ver os maus tratos
Meu povo escravisado
Morrendo, pedindo ajuda.

Meu povo tá é cansado
De nada fazer direito
Desmando e desrespeito
Não chegam ao meu agrado.

E o meu povo vai massacrado
Como quem nem sabe o jeito
De lutar por seu direito
E de fato ser cidadão.

Pois pra viver feito cão
e à violência estar sujeito
Não preciso de prefeito,
Muito menos de eleição.

08 de agosto de 2010, escrevi esperando ônibus na Dantas Barreto em Recife, contemplando o descaso com os meninos que perderam a dignidade e residem nas ruas do centro.

domingo, 15 de agosto de 2010

Utópico e Real (Luis Adriano Correia)


Quando um dia os políticos deixarem de invadir as procissões
Fazendo do nosso povo caminhantes marionetes sem rumo
E os adesivos cairem ao chão e junto com eles os grilhões,
Brotarão no peito da nossa gente
Uma revolução da mente
Florescerá doce e humanamente
Uma sociedade sem muros.

15 de agosto de 2010, escrito durante a procissão de São Roque, Sirihaém-PE.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Chega de Violência (Letra e Música: Luis Adriano Correia)

Baixe a música aqui

Chega de Violência (3x)

1. Nas ruas do país
No seio da opressão
No solo da mãe-terra
nem sei quem é irmão.
A vida poderia
Ser muito mais tranquila
Vivendo na unidade
Como irmãos.

2. O que nos faz lutar
É a nossa união
E o fortalecimento
Está na comunhão.
E vamos partilhando
Olhando a realidade
A exemplo de Jesus
Na humildade.

3. Não quero ter que ver
A sociedade assim
Sem chances de crescer
Não vai ser este o fim.
Há tantos jovens mortos
Sonhos exterminados
Jovens violentados
Sem razão.

4. Sei bem que só a paz
O amor e o perdão
Serão pra juventude
Príncipíos da ação.
Ação libertadora
Respeito ao diferente
São coisas que nos fazem
Ser mais gente.

Ibiratinga, 26 de julho de 2010.

domingo, 27 de junho de 2010

Carta de um cara apaixonado a seus amigos (Clebson Aleixo)


Amor não é se envolver com a pessoa perfeita, aquela dos nossos sonhos. Não existem príncipes nem princesas. Encare a outra pessoa de forma sincera e real, exaltando suas qualidades, mas sabendo também de seus defeitos. Tudo se torna melhor, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser. Vivemos em busca constante de uma pessoa perfeita, cheia de princípios e conceitos, procuramos aquela pessoa que tenha os nossos gostos e valores ou seja, a nossa alma gêmea. Se pararmos e pensarmos, logo veremos como é difícil encontrar essas pessoas. O ser humano é um ser dotado de inteligências, idéias e valores.

O que é o amor?
Costumam dizer que antes de amar alguém, logo nos apaixonamos e, só após vivemos essa paixão ardente, esse sentimento que não nos deixa controlar as nossas vontades e impulsos. Amar é cuidar, querer bem a pessoa amada, é proteger e se sentir protegido, dividir alegrias e tristezas, é querer ver e sentir sempre a pessoa que amamos é cuidar e ser cuidado, e sermosamigos nas horas em que devemos ser. Amar é sentir saudades e quando quem amamos chega ao encontro damos aquele abraço, beijo apertado com toda força do nosso interior.


Ame sem medo de ser feliz!


Este pensamento é p/ uma pessoa especial q/ foi minha inspiração e quero dividir c/ meus amigos.

Escrito em 15 de julho de 2007 por um grande amigo Clebson Aleixo.

domingo, 2 de maio de 2010

Côco das Três Morenas (Luis Adriano Correia)

Eu vou pra sambada de côco
Eu vou lá no côco sambar
Eu vou é com duas morenas
E a outra tá pra chegar.

E toda a magia da dança
Quem tem, não contém e exibe
Eu vou ver caboclo sem lança
No côco em Camaragibe.

Me levam as três morenas
E a noite tá por um fio
Desdobro-me em várias cenas
Aceito esse desafio.

Seja de longe ou de perto
O que importa mesmo é a pisada
Do pé que se bate ligeiro
E dá uma paquerada.

Eu quero mesmo é viver
No côco me acabar
e das minhas três morenas
Tão lindas e tão serenas
Nunca mais me separar.

Palmares, 23 de abril de 2010.





Poesia escrita às minhas 3 grandes amigas morenas, que me levaram no coco em camaragibe, e me embalaram numa amizade incondicional. Dedico a vocês Fabiana Paula, Vanessa e Flávia.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Numa conversa de msn surge a poesia (Em Construção)

sou aquele que corre pelado no rio
sou aquele que chora quando sente abandono
sou aquele que escreve quando na verdade quer gritar
enfim sou aquele que alguem um dia ousou prejulgar

terça-feira, 6 de abril de 2010

Veleu cara!!! São textos belissimos, já to baixando... Abraços pjoteiros! Luís Carlos (Guara)

Muito Obrigado Luís, agradeço o carinho pelos meus suspiros transformados em textos e socializado em meu blog. Quem não viu ainda pode acessar poesiajovem.blogpsot.com

Pergunta aê meu povo...

sábado, 27 de março de 2010

Madrugada de Trovões (Luis Adriano Correia)


Chega de aflições
Teorias e concepções
De tentar encontrar os vilões
Que aqui dentro já foram encontrados.

Chega de forjar prisões
Teatrar manifestações
Se nem mesmo mais os vilões
Se preocupam em serem caçados.

Chega de maquiar o amor
Com cores frias de dor
Liberte a quentura, o ardor
E não tente esconder o que sente.

Chega de inventar emoções
De distorcer as versões
Já não suporto mais invenções
Pra causar dor simplesmente.

Já não temo mais os trovões
Nem mais anseio os verões
Vivo meus próprios sertões
E desse jeito é que passo.

E a cada feito que faço
Na madrugada me estendo
E continuo escrevendo
E espero o próximo passo.

Ibiratinga, madrugada em trovoada de 25 de março de 2010.

Leia-me (Luis Adriano Correia)


Sou assim mesmo
Encarno a contradição
Encaro a decepção
Engano a minha própria emoção.
Mas sinto bater bem forte
Mesmo sem muita sorte
Pulsando o meu coração.
Que no abismo me lança
Sem ter qualquer esperança
De agarrar-me nas hastes.
E desse jeito me lança
Atrás dos sonhos me lança
Atrás do impossível me lança
E eu simplesmente me jogo.
Talvez seja eu desse jeito
Bem assim desse jeito
Ser imperfeito
Mas ser “sujeito”.
Não negando o inquietante
Me torno ser atuante
E se assim estiver tão errado
Creio que não me endireito.
Se te cuido, me cuido recíprocamente
Se tu não me cuidas mais
Continuo te cuidando
Pois cuidando de ti dentro de mim
Cuido de mim assim, automaticamente.

Ibiratinga, madrugada de 23 de março de 2010.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Marasmo (Luis Adriano Correia)


Tem desses dias que agente sente
Anestesia, entorpecente
Dias de puro corpo dormente
Dias e dias do amor de quem sente.
Dias assim tão inevitáveis
Em que nem tiro fere mais agente
Dias que a vida passa demente
Dias sem graça
Ao passo em que passa
Nem passa mais gente.

Ibiratinga, madrugada de 17 de março de 2010.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Meninos e Meninas (Luis Adriano Correia)


Menino olha menina
Menina olha menino
Menino sente menina
Menina sente menino.

Menina, menino, meninos
Meninos pelos meninos
Meninas pelas meninas
Assim, nos mínimos desatinos.

Meninos descobrem meninos
Meninas descobrem meninas
E assim vai surgindo o afeto
A diversidade e o concreto
Conflitos e afinidades.

Pedras, pedras, pedras...
Flores, flores, pedras...
Mas, enfim, quem liga?
E assim agente vai digerindo
Sem medo de dor de barriga!

Ibiratinga, 22 de fevereiro de 2010! (Pra variar na madrugada....)

Vivo, no mais existo... (Luis Adriano Correia)


Na beira da praia, andei
A cada passo na areia, voei
Nos meus pensamentos voei
Nas teorias existenciais
Nos avanços e retrocessos, pensei.
Não sei se podia ou se devia,
Simplesmente me permiti, chorei.

Lembrei de você
Tão fácilmente lembrei
dos vários codinomes de cazuza, sonhei
Em ser beija-flor, idealista, radical, teu amor!
Em ser ator nesse palco, amei!
E além do mais te confesso
Eu não sou capaz de mudar o processo
Mas seguindo o meu coração admito, tentei.
E enquanto ele continuar pedindo
Saio do passado, corro pro futuro
feito bobo, feito menino
Assumo meu desatino e tentarei.

Ibiratinga, madrugada do dia 22 de fevereiro de 2010.

terça-feira, 2 de março de 2010

Codinome Sonhador (Luis Adriano Correia)


Que sorte a minha de ter nascido!
Só de pensar no sufoco que foi ganhar
Dos outros milhões de gametas
Já me sinto desfrutando o cúmulo da sorte.
E assim vem sendo a minha vida,
Como a de quem não nasceu para bastidores,
Como a de quem não quer passar despercebido...
Mas nem sei até que ponto isso é bom sabe!
Acreditem!
Sonhar não compete a seres coadjuvantes
Que vivem a sombra do que virá.
E o que virá?
Se não tenho sonhos,
Responda quem puder o que quiser
Pois qualquer coisa servirá.
Os sonhos são como candeeiros acesos
Mesmo sendo guardados na gaveta da escrivaninha
Não nos deixarão de arder por dentro
Até que tenhamos coragem de deixarmo-nos consumir
Expandindo o fogo dos nossos sonhos mais ousados.
Por isso junto com os trecos que carrego no meu bisaco
Carrego as angustias que trago
Junto a pequenos frascos de profunda emoção
Para que as mesmas sejam embebidas em sentimento
Sentimento que me permite viver com dignidade minhas frustrações
Ajudando-me a garimpar verdadeiras preciosidades
Em meio aos cascalhos das desilusões
Tornando-me assim garimpeiro no território das perdas.
Por pensar assim é que me sinto assim sertanejo
Capaz andar léguas pelas estradas de barro vermelho
Pastoreando as vacas que ainda resistem
Em meio à caatinga em seca
E jamais perde a esperança de que um dia
A chuva virá incessante.
E assim fará tudo brotar novamente
Onde não havia expectativas
Onde não havia esperança
Vem os sonhos como a chuva
E fertiliza o solo do coração da gente.


Ibiratinga, madrugada do dia 28 de fevereiro de 2010.