quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Complexos do ser amante (Luis Adriano Correia)


Penumbra cintilante

Talvez seja claro do dia

Quem sabe?

Quem repudia?

O que se tem ou terá!


O dorso entrelaçado

A pele pouco coberta

O amor de quem não se encanta

Por que sei que não se entrega.


O olhar no espaço perdido

O beijo não esquecido

O ensejo, o mau-entendido

O sentimento nunca sentido.


O que me parece ser

De mais fácil compreensão

É a chave, é o segredo

De quem quer ser iludido

E sobra-lhe a ilusão

Como parte do pagamento

Do que se quer ser ou não.


Madrugada do dia 03 de outubro de 2010.

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