sábado, 27 de março de 2010

Leia-me (Luis Adriano Correia)


Sou assim mesmo
Encarno a contradição
Encaro a decepção
Engano a minha própria emoção.
Mas sinto bater bem forte
Mesmo sem muita sorte
Pulsando o meu coração.
Que no abismo me lança
Sem ter qualquer esperança
De agarrar-me nas hastes.
E desse jeito me lança
Atrás dos sonhos me lança
Atrás do impossível me lança
E eu simplesmente me jogo.
Talvez seja eu desse jeito
Bem assim desse jeito
Ser imperfeito
Mas ser “sujeito”.
Não negando o inquietante
Me torno ser atuante
E se assim estiver tão errado
Creio que não me endireito.
Se te cuido, me cuido recíprocamente
Se tu não me cuidas mais
Continuo te cuidando
Pois cuidando de ti dentro de mim
Cuido de mim assim, automaticamente.

Ibiratinga, madrugada de 23 de março de 2010.

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