domingo, 26 de julho de 2009

Desculpas à "Norte-Americanidade" (Luis Adriano Correia)

Peço imensas desculpas
Por não ter tido tanto sucesso na vida
Pois encontrei no meu fracasso
Forças pra continuar lutando
Imaginando ou talvez sonhando
Com a socialização dos bens da humanidade
Não falo dos bens que nos fazem prepotentes
Mas daqueles que nos fazem ser um pouco mais gente.
Mesmo pedindo desculpas
Não me envergonho da minha postura
Que me faz ser mais humano
Não atropelando outro ser humano
Na busca compulsiva pelos meus ideais.
Muito pelo contrário da sua proposta desumanizante
Eu enxergo a perversidade como teu sistema
Agride minhas práticas igualitárias
Enquanto eu encontro partilha no pouco que tenho
Tu fazes tua bela caridade
Além de humilhar toda a sociedade
Por isso com toda humildade
Não exito em pedir desculpas
a tua bela "norte-americanidade".

sábado, 25 de julho de 2009

A arte de ser Inacabado (Luis Adriano Correia)


A vida me interpela e me interpreta
Faz-me perguntas, me põe em dúvida
Que devo fazer?
Mediante os principios que a existência
Torna-se tarefa "a-se-fazer"
Nós protagonistas, é que devemos
Viver uma vidade de aprendente
Aprendendo como aprender a aprender.
Diante dessa vida reconheço-me inacabado
Um ser que se encanta em momentos
Um curioso curiando e provavelmente admirando
As multifacetadas maravilhas cotidianas
Que provovam-me a vontade de viver continuando.
A arte de viver essa continuidade
Nos torna seres encantados e encantantes
Pelo conhecimento como ponto de partida
Olhando as coisas por dentro
Saindo da superficialidade
Pra que as nossas respostas à vida
Seja por princípio ação interventiva
Pois se estou no mundo não sou insento.

Caruaru, manhã de 03 de julho de 2009.

Entre versos e versões (Luis Adriano Correia)


Aterroriza-me com os ventos de tua loucura
Com teus múltiplos e súbitos golpes sem nexo
Sem nem sequer a sombra de um retrocesso
Dessas tuas devassidades em noite escura.

Vende-me teus melhores sentimentos tardios
E me cerca de dores por noites a fio
A espera de mais uma gota desse teu veneno
Faz-me acreditar que sou fera no cio.

Humilha-me nem que seja depois do amor
Do que a gente fazia e não sentia dor
Acredito que estejas agora pensando
Ou dormindo, ou talvez até mesmo sonhando
com o gosto da vingança, já sentindo o sabor.

Acredito porém no poder da mudança
No distanciamentode minha insegurança
Pois quem ama não pode criar ilusões
e num mesmo contexto distorcer as versões.

Caruaru, madrugada de 03 de julho de 2009.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Ciranda da sociedade (Luis Adriano Correia)



Hoje eu aqui estava
Quando uma grande saudade bateu
Bateu lá dentro do peito
De tanto que eu lembrava.

Da beira da praia lembrava
Lembrava do coração
Lembrava da união
Que uma ciranda eu lembrava.

Ouvia múltiplos sons
Ouvia e mais que ouvia
Sentia a pancada do mar
Dos versos que canta lia.

E cá dentro do meu peito
Já não sentia mais longe
A tal lembrança que hoje
Fazia-me cirandar.

Ciranda não é só na dança
Ciranda é sociedade
É dar as mãos de verdade
E saber a ciranda dançar.
(Uma simples homenagem a esta grande disseminadora da ciranda no nosso lindo Brasil, Lia de Itamaracá)

quinta-feira, 2 de julho de 2009

A arte de expressar-se (Luis Adriano Correia)


Eu não quero saber de mais nada
A não ser do meu sol
Nessa linda alvorada
A não ser o meu mar
Na tarde ensolarada
A não ser cama quente
No frio da madrugada.
A não ser o teu tudo
E eu ser o teu nada.

Eu queria era ser uma simples canção
Pra tocar lá no fundo
Desse teu coração
Traduzindo o amor
Toda inspiração
Retratar toda luz
De tua aparição
Embebendo-me em versos
Em acordes diversos
Desse meu violão.

Eu queria era mesmo um turbilhão de cores
Que alegrasse você
E também os autores
Que fizessem os versos
Sair dos rumores
De corações calados
aflitos, guardados
Dos seus tantos e tantos amores.


(madrugada de 02 de julho de 2009)

Aqui estou, DESARMADO! (Luis Adriano Correia)


Fale-me de ti
Fale-me do quanto ainda somos
Do quanto ainda podemos ser
Isso se ainda quisermos ser um só ser.

Ah! como eu esperei não ser mais eu
Pra sermos nós, sermos a sós
Sem interru~pções, guerras, transgress~es.

Por isso eu me encontro aqui
Limpo, absoluto, desarmado.
Mesmo sabendo do quanto estive errado.

Não há mais nada a fazer
A não ser te ver escorregando
Por entre meus dedos e eu lamentando
Até quando alguém feliz te fizer.

(02 de julho de 2009) 02:00h da madrugada

Em busca do novo (Luis Adriano Correia)


Chegue pra cá dona-menina
Tu num sabe da novidade
Hoje é festa nessa cidade
Pru mode essa ocasião.

Mas é um falatório tão grande
Que o povo correu pra escutar
É a libertação popular
De um povo que se garante.

Aqui excluído tem vez
Aqui conquistamos espaço
Saimos do nosso embaraço
e corremos atrás das leis.

Uma boa educação
Que garanta um futuro arretado
Pra que agente num estude apressado
E por causa da idade entrar na correção.

Bora simbora meu povo
Aproveitar o momento de luta
Esta deve ser sempre a conduta
De um jovem em busca do novo.

(02 de julho de 2009) às 02:30 da madrugada