quarta-feira, 12 de agosto de 2015

O aperto do fim de tarde (Luís Adriano Correia)

Foto: Natália Freitas

E a tarde vai caindo e dela eu vou me despedindo...
Como em minha vida tudo segue sendo despedida...
É a poesia do Encontro misturada a da partida.
Vem o cheiro do capim da saudade atormentando o pensamento
Mas o alento segue sendo brisa leve, a novidade
Que sempre e sempre vem e leva o sofrimento.


Poesia que estava perdida na timeline do Facebook, postada há um ano atrás.
Escrita talvez em 12 de agosto de 2015 provavelmente em Caruaru/PE.

quinta-feira, 19 de março de 2015

Linha do Tempo (Luís Adriano Correia e Gilberto Carvalho)

Ocaso diário desde a minha janela.
Foto: Luís Adriano Correia (Caruaru)
Encontro de gerações
Encantos de poesia
Da vida que sendo minha, partilho!
Vira canção.

Pois tudo é feito de emoção
Na construção do agora
O tempo é determinado pela hora
E os sonhos e as verdades sempre permeiam
Entre o ocaso e a aurora.

Escrito numa parceria cheia de encantamento com esse grande poeta Caruaruense, Gilberto Carvalho, na Mercearia Ponta de Rua, Rua da má fama em Caruaru, na noite de 06 de março de 2015. Gratidão Poética.

Dos caminhos insanos (Luís Adriano Correia)

Ilustração: Vinícius Marques - PE
Me leve aonde quiser
Porque o terreno da saudade
É pequeno demais pra ficar.

Me leva pelos passos onde chegar é verdade
E amar eternidade.
O amante cuida de sua pele
Mas sua mente inflama
E as chamas do amor contido
Inflama nas insanidades.

Meu amor é teu.
Insano sou.
Não nego!

Caruaru, 01 de março de 2015.

domingo, 8 de março de 2015

Abrigo (Luís Adriano Correia)

Eu joguei meu corpo
E meu corpo caiu.

Foi-se embora nos delírios de devaneios tantos.
Foi-se embora na garupa das afetivas amizades, saudades.
E o poeta que nem queria saber se era bem ou mal
Se esfriava, aquecia ou fervia. Só sentia.
E os sentidos se valiam
Eles mesmos apontavam itinerantes
Barbaramente eu me encontrei eloquente
E me sentia sujo, porém, mais vivo
Me esfreguei com gosto pelas beiras dos canais das artes
Que contidas nos corpos vigentes
S[o me levavam ao êxtase do ar
Respirar, sufocar, e novamente respirar.
Chegar ao fundo, imergir
E na imensidão descobrir.
Adoro açoitar meus medos
Esses miseráveis e assustadores monstros vão se foder comigo
E enquanto houver casa de amigo
Companhia pra ficar sendo abrigo
Vou me jogar no abismo
E alçar voo sobre minhas próprias asas.

Eu joguei meu corpo
E minha mente fluiu.

Caruaru, 27 de janeiro de 2015.
Poesia dedicada ao amigo Raquile Rocha.

Sangue (Luís Adriano Correia)

Hoje eu acordei com sangue nos olhos
Com a vista marejada da saudade e da memória
Saí de casa, corri pro mundo
Como quem devora uma ventania.
Coração pulsante e inquieto
Buscando um novo alento, sedento.
Da novidade do sonho esperado, lá dentro.
Saudades do meu velho
Saudades das lembranças que nem pude ter.
Pensei no meu povo de casa
E o sangue continuava lá, crescente.
Quis extrair de mim a mais corajosa atitude
Queria sangrar minha saudade amiúde
E tingi no meu corpo o afeto
Sussurrei pra minh'alma, desperto.
Que a saudade sentida é real
Que calada é latente e leal
Tive pai, mas me sinto deserto.

Caruaru, 12 de dezembro de 2014.

Soneto ao Inferno nosso de cada dia (Luís Adriano Correia)

Na noite de um dia infernal
Queria vento no rosto
Sair andando por aí.

Vento que venta manso
e leva a quentura infernal desse dia
Do sol que castiga o meu corpo
e minha mente congelava.

Era quente
Era inferno duplamente
Literal e Astral.

Era tudo que acontecia num dia
Era agonia
Que findava sem mais prosa
Desabava em poesia.

Caruaru, 27 de janeiro de 2015. (Dedim de Prosa)

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Do corpo duro à conversão (Luís Adriano Correia)

Acende uma luz
Nasce o que se vê
E-luz-são
Todas as coisas que significam
Visualizam-se
É luz.

Endurecer é imaginar proteger
É pensar e talvez nem ser
Do empoderamento vazio
Nasce o sombrio, o que não se vê
E-luz-são, ainda assim
Todas aquelas coisas que no escuro estão
É-moção
Da vida de poeta que quando sofre, renasce
E do renascimento da luz
A ilusão se traduz
Traz-do-são, que sendo verbo no presente
Traduz essa conversão
Do sofrimento em luz.

Garanhuns (Carmem e Frida), 05 de julho de 2014.

Soneto à Resistência do Ser Amante (Luís Adriano Correia)

Olho em volta!
Onde está a essência do bem viver?
Sonhar.

É ardência, suor, marejar

É o olhar do amor
Que ao ódio se fundirá.

E assim como ser estático

Na tentativa da blindagem, me inspiro.
E aos açoites cotidianamente invisíveis
Não se expõem em meu corpo, mas os olhos revelam.

Sigo imaginando e mastigando meus dramas pessoais

Como que sem respirar e cada vez mais sufocado
Fecho meus olhos e continuo afundando
Pra quem sabe imergindo encontrar vida plena, sem danos.

Garanhuns, 05 de julho de 2014.


Escrito num contexto de limite, no Carmem e Frida, na companhia de uma cerveja e de minhas próprias lágrimas.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Da saudade que sinto do Alto da Sé (Luis Adriano Correia)


Saudade é sentimento torto
Só se sente depois de morto
Aquele tempo de cercania.

Saudade é infindável riso
Coisa presa, rebuliço
Que se expõe numa gargalhada.

Saudade é sentimento puro
Que não se toca, nem é escuro
É coisa de quem não teme a aurora.

Saudade é o som da lembrança
De caminhar na rua, partilhar esperança
E amanhecer juntos pela estrada.


Maceió, 20 de janeiro de 2014.

Dedico essa poesia à toda juventude do meio popular que subiu as ladeiras da Sé em romaria (em especial Facundo, Leoneide e Danielly) para visitar os túmulos dos homenageamos do 4º Congresso Nacional da PJMP (Dom Hélder Câmara, Dom Lamartine e Padre Henrique). 


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Participação do Blog Poesia Jovem na 3ª Edição da Revista Geração Z

Clique na Imagem para visualizar em tela inteira.
Na segunda-feira (11/nov/2013), foi publicada a 3º edição da Revista Geração Z, cuja a mesma é referência no cenário de lutas pelos direitos da juventude, tem característica ousada e utópica com os pés no chão das realidades juvenis da América Latina e do Mundo.

Na página 36 dessa edição, os leitores do Blog Poesia Jovem poderão conferir a Poesia "Meninos e Meninas", já que esta edição traz a problemática das discussões sobre Gênero, Identidade e Direito. 

Nosso agradecimento mais que especial ao corpo editorial da revista, de forma a brindar essa parceria com um link no Blog "Poesia Jovem" em favor de uma nova cultura de participação entre os jovens por esse mundo afora.


Att.
Luis Adriano Correia