Me dá prazer ao ver
Sentir, me ater
Suar e tremer
Envolvido na dança.
Da congada a frevança
Minha paixão me lança
E não perco a esperança
De voltar a te ver.
No calor do gingado
O teu corpo suado
E o meu entrelaçado
Em tua negra pele.
Meu instinto repele
Que a dor não celebre
Só o amor se revele
Nesse fogo cruzado.
Do suor à poeira
Desta morte à beira
Ginga de capoeira
Nos renova os ares
No sertão ou nos mares
Dentre tantos olhares
É zumbi dos Palmares
Forte que nem madeira.
A beleza da cor
Não reflete a dor
A ferida, o clamor
Desse povo sofrido
Escutar o gemido
Atender a um pedido
Até hoje...
Só será permitido
A quem faz por amor!
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