quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Soneto à Resistência do Ser Amante (Luís Adriano Correia)

Olho em volta!
Onde está a essência do bem viver?
Sonhar.

É ardência, suor, marejar

É o olhar do amor
Que ao ódio se fundirá.

E assim como ser estático

Na tentativa da blindagem, me inspiro.
E aos açoites cotidianamente invisíveis
Não se expõem em meu corpo, mas os olhos revelam.

Sigo imaginando e mastigando meus dramas pessoais

Como que sem respirar e cada vez mais sufocado
Fecho meus olhos e continuo afundando
Pra quem sabe imergindo encontrar vida plena, sem danos.

Garanhuns, 05 de julho de 2014.


Escrito num contexto de limite, no Carmem e Frida, na companhia de uma cerveja e de minhas próprias lágrimas.

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