sexta-feira, 18 de março de 2011

Soneto aos ventos amantes (Luis Adriano Correia)


Devia ser eu feito vento
Ligeiro a passar pelas ventas
E com vida assoprar poesia.

Devia entrar pelas narinas
E com melodia e arte
Encantar-te num fino assobio.

Tu devias teu peito encher
De ar puro e demais confiante
Abundante queria eu ser
Ser também teu eterno amante.

Tu devias se dar ao prazer
E não te tornar ofegante.
O que pensas que tem em teu peito?
Tens pulmões ou agora és fumante?

Escrito em Caruaru na madrugada de 18 de março de 2011, sentindo os ventos ligeiramente frios que sopravam da janela de meu quarto.


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