quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Do Corpo Cinzento (Luis Adriano Correia)


Das muitas vidas que tenho
Um sopro me leva pro rio
Sentindo o cheiro da água, da areia,
Do mato pisado na estrada,
Das aventuras do menino que fui.

E esse espírito que assim me faz rural
Rústico cidadão na capital
Por vezes se faz doce e travado
Por vezes sem gosto
Por vezes salgado.

E da poesia que nasce das cinzas
Daquelas cinzas que vejo nas minhas canelas
E que pulsa o desejo do caminho inverso
Versado na beleza da essencia
E não na insapiencia
Do pseudo"SER" que não é.

Maceió, 04 de setembro de 2012.

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